quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Gostar de rock começa a pesar na avaliação profissional


Por mais preconceituoso que seja, não dá para fugir: a forma como a pessoa fala, se veste, age, trabalha, dirige e muitas coisas mais dizem muito sobre o indivíduo. Dá para julgar cada um por esse tipo de coisa? Cada um avalie da forma como achar melhor.
Da mesma forma, os hábitos culturais – os livros que lê, a música que ouve, os eventos frequenta – também dizem bastante sobre as pessoas. Existe a chance de se errar por completo, mas faz parte do jogo.
Dois fatos importantes, apesar de corriqueiros, mostram que os apreciadores de rock podem ter esperança de dias melhores, apesar dos casos recorrentes de preconceito explícito e perseguição por conta do gosto pessoal em pleno século XXI – algumas dessas excrescências têm sido narradas aqui em textos no Combate Rock.
No começo de agosto um gerente de uma grande multinacional instalada no ABC (Grande São Paulo) penava para contratar um estagiário para a área de contabilidade e administração. Analisou diversos currículos e entrevistou 24 jovens ainda na faculdade ou egressos de cursos técnicos.
Conversou com todo o tipo de gente, do mais certinho ao mais despojado, do mais conservador à mais desinibida e modernosa. Preconceitos à parte, procurou focar apenas a questão técnica e os conhecimentos exigidos.
Alguns candidatos até possuíam a maioria dos requisitos exigidos, mas acabaram desclassificados em um quesito fundamental para o gerente: informação geral, que inclui hábitos culturais.
O escolhido foi um rapaz de 20 anos, o penúltimo a ser escolhido. Bem vestido, mas de forma casual, usando rabo de cavalo, mostrou segurança e certa descontração, além de bom vocabulário e de se expressar de forma razoável, bem acima da média.
Durante as perguntas, o gestor observou que o garoto segurava um livro e carregava um iPod. O livro era a biografia de Eric Clapton. Após a quinta pergunta, direcionou a conversa para conhecimentos gerais e percebeu que o rapaz lia jornais e se interessava pelo noticiário.
“Você gosta de rock?”, perguntou o gerente. “Sim, e de jazz também”, respondeu o garoto. O entrevistador não se conteve e indagou se o rapaz se importava de mostrar o que o iPod continha. E viu um gosto eclético dentro do próprio rock: havia muita coisa de Black Sabbath, Deep Purple, AC/DC, mas também de Miles Davis e big bands.
“Não aprecio rock, não suporto o que minhas filhas ouvem, mesmo seja Rolling Stones, meu negócio é Mozart, Bach e música erudita. Mas uma coisa eu aprendi nas empresas em que passei e nos processos seletivos que coordenei: quem gosta de rock geralmente é um profissional mais antenado, que costuma ler mais do que a média porque se interessa pelos artistas do estilo. Geralmente são mais bem informados sobre o que acontece no mundo e respondem bem no trabalho quando são contratados. Nunca me arrependi ao levar em consideração também esse critério”, diz o gerente.
Eric Clapton ajudou um candidato a estágio a conseguir a vaga em uma empresa do ABC
O resultado é que o garoto foi contratado após 15 minutos de conversa, enquanto cada entrevista com os outros candidatos durava 40 minutos. “Não tive dúvida alguma ao contratá-lo. E o mais interessante disso: percebo que essa é uma tendência em parte do mercado há pelo menos três anos, pois converso muito com amigos de outras empresas e esse tipo de critério está bastante disseminado. Quem gosta de rock é ao menos diferenciado”, finalizou o gestor.
Já em uma escola particular da zona oeste de São Paulo, do tipo mais alternativo e liberal, o trabalho de conclusão do ensino fundamental era uma espécie de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) das faculdades. A diferença é que, para não ter essa carga de responsabilidade, foi criado uma espécie de concurso para premiar algumas categorias de trabalhos – profundidade do tema, ousadia, importância social e mais alguns critérios.
O vencedor geral foi o de uma menina esperta de 17 anos, filha de um jornalista pouco chegado ao rock, mas com bom gosto para ouvir jazz e blues. O trabalho tentava traduzir para a garotada a importância dos Beatles para a música popular do século XX.
Para isso realizou uma ampla pesquisa sobre as origens do blues, do jazz, da country music norte-americana e traçou um panorama completo da evolução do rock desde os primórdios até os megashows de Rush, AC/DC, U2 e Metallica. Seu trabalho contou ainda com a defesa de uma tese em frente a uma banca de professores.
O resultado é que, além do prêmio principal – placa de prata e uma quantia em dinheiro em forma de vale para ser gasto em uma livraria –, acabou sendo agraciada com a proposta de transformar seu trabalho em um pequeno livro, bancado pela escola. Detalhe: a reivindicação partiu dos colegas da menina, que ficaram fascinados com a história do rock – poucos deles eram íntimos do gênero, pelo que o pai da menina me contou.
Os Beatles foram o ponto de partida para uma aluna de um colégio paulistano para traçar um panorama extenso e completo sobre a história do rock; o trabalho ganhou prêmio e vai se transformar em livro
Seria um flagrante exagero afirmar que gostar de rock facilita a obtenção de emprego ou estágio – ou que quem gosta de rock é muito melhor aluno do que os outros nas escolas. Mas o simples fato de haver reconhecimento de que apreciar rock frequentemente leva a uma situação diferenciada já é um alento diante dos seguidos casos de intolerância e preconceito.
Gostar de rock não torna ninguém melhor ou pior, mais ou menos competente, mais ou menos inteligente. Mas os casos acima mostram que o roqueiro pode se beneficiar de situações em que é possível se mostrar diferenciado, mostrando uma cultura geral acima da média e mais versatilidade no campo profissional. E o que é melhor, isso começa a ser reconhecido por um parte do mercado.
Bom gosto não se discute: adquire-se.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/combate_rock/gostar-de-rock-comeca-a-pesar-na-avaliacao-profissional/
Escrito por Marcelo Moreira

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ache as Bandas Nacionais


E ai pessoal, a um tempo atrás eu postei uma imagem para vocês acharem 74 bandas de rock do cenário mundial, todos os nomes eram em inglês e tal... Bom, agora chegou a vez das bandas brasileiras. Nesta imagem, segundo os criadores existem 49 bandas, cantoras e cantores brasileiros. Eu ainda não achei todos, mas estou procurando. Vamos lá pessoal, achem as bandas e divirtam-se. Ah, vão postando o que acharem nos comentários, para contabilizarmos os 49 nomes...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Exemplo a ser seguido


O prefeito de Vilna, capital da Lituânia, decidiu levar ao extremo sua campanha contra os motoristas que estacionam ilegalmente na faixa dos ciclistas. Arturas Zuokas entrou em um veículo militar blindado e passou sem piedade por cima de uma Mercedes-Benz S-Class -que ficou completamente esmagada.

De terno e camisa, um figurino um tanto estranho para um tanque, Zuokas sorri todo o tempo. Ele chega a cumprimentar o dono do veículo com um aperto de mão e até ajuda a varrer os cacos de vidro da Mercedes que se espalharam pela via.

A "façanha" foi filmada para um programa de TV sueco "99 coisas que você deve fazer antes de morrer". O vídeo foi publicado na página da Prefeitura de Vilna. No vídeo, ele mostra ainda outras cenas de carros de luxo que desobedecem o sinal de proibido estacionar e encerra andando de bicicleta -sempre de terno.

"Eu cansei destes motoristas que estacionam seus carros de luxo em faixas de ciclistas e de pedestres. Este tanque é uma boa ferramenta para resolver o problema de estacionamento em local proibido", diz o prefeito. (fonte: folha.com)

Imagina se essa moda pega aqui no Brasil (e devia pegar), iriam faltar veículos blindados para executarem o serviço. Aplausus para Arturas Zuokas.


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Como fazer uma "Bomba Verde"

Não trata-se de terrorismo, mas sim de consciência ambiental e sustentabilidade, as "bombas" são feitas a partir de uma mistura de barro, fertilizantes e sementes. Com esta "arma" podemos lutar contra os espaços cinzas e degradados das cidades. Terrenos baldios, praças abandonadas e canteiros esquecidos podem virar verdadeiras áreas verdes com uma biodiversidade incrível.
Para fazer em casa, basta misturar 5 partes de argila para 1 de composto orgânico e 1 de sementes diversas (sempre dê preferência para plantas já acostumadas com o local, flores ou árvores nativas da região). Misture todos os ingredientes e adicione água aos poucos até a mistura ficar mais homogênea. Por fim, aperte bem a massa que se formou, molde-a em pequenas bolinhas e deixe-as secar no sol por algumas horas até que a argila endureça.

Pronto, forme o seu exército e crie um plano de ação para revitalização do seu bairro, ou então de forma anônima atire as bombas em locais abandonados e degradados que precisem de mais vida e cor, é simples e divertido. As bolinhas atiradas sofrerão ação do calor e da umidade, após isso as sementes saem da proteção de argila e germinam normalmente.
Faça a sua parte e contemple lugares mais agradáveis a sua volta!

sexta-feira, 25 de março de 2011

A Hora do Planeta

Sábado, dia 26 de março, das 20h30 às 21h30. Apague as luzes para ver um mundo melhor.

A Hora do Planeta, conhecida globalmente como Earth Hour, é um ato simbólico no qual todos são convidados a mostrar sua preocupação com o aquecimento global. É uma iniciativa global da Rede WWF para enfrentar as mudanças climáticas.
Durante a Hora do Planeta, pessoas, empresas, comunidades e governo são convidados a apagar suas luzes pelo período de uma hora para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global.
Em 2010, a Hora do Planeta foi um sucesso absoluto, com recordes estabelecidos no mundo e no Brasil. Globalmente, 105 nações, 4.211 cidades e 56 capitais nacionais aderiram. Já no Brasil, mais de três mil empresas, 579 organizações, três governos e 98 prefeituras participaram do movimento simbólico de alerta contra o aquecimento global e em favor da conservação de ecossistemas terrestres e aquáticos.

Junte-se a este movimento! Visite o site www.horadoplaneta.org.br e veja como participar!
Fonte: WWF Brasil
Eu e a Aline vamos participar. Reserve uma hora pro nosso planeta você também, participe!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Etanol emite 73% menos CO2 que a gasolina

Um estudo feito por pesquisadores da Embrapa Agrobiologia (Seropédica/RJ) concluiu que o etanol de cana é capaz de reduzir em 73% as emissões de dióxido de carbono (CO2, o principal gás causador do efeito estufa) na atmosfera se usado em substituição à gasolina. A pesquisa avaliou ainda quanto de gases de efeito estufa é produzido em cada etapa da produção tanto do etanol como da gasolina.
Para este estudo, os pesquisadores da Embrapa utilizaram dados do painel de mudanças climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), além de medições feitas diretamente em campo. A avaliação levou em conta o ciclo de vida do produto, ou seja, desde a sua produção até o uso final, a queima nos motores dos veículos. Foi medido quanto de gases de efeito estufa se produz desde a preparação do solo para o plantio da cana-de-açúcar até o transporte do etanol produzido para o posto.
Todo o processo foi avaliado, passando, por exemplo, pela medição da emissão de gases na fabricação e aplicação de fertilizantes no campo, na construção da usina de álcool e na fabricação das máquinas e tratores. O mesmo foi feito com a gasolina, com a emissão dos gases desde a extração do petróleo até a combustão do produto nos motores dos veículos.
Os pesquisadores avaliaram quanto emite de CO2 um carro movido à gasolina num percurso de 100 quilômetros. O mesmo foi feito com um carro movido a álcool. Levando em conta as emissões da produção do combustível e as emissões próprias da combustão no carro, o resultado foi uma redução de 73% das emissões de CO2 na atmosfera quando utilizado o veículo movido a álcool. Se comparado com o automóvel a diesel, a redução é de 68%.
De acordo com a pesquisa , se não houver queimada para a colheita da cana, ou seja, se a colheita for totalmente mecanizada, a vantagem do álcool é ainda maior: 82% em relação a gasolina e 78% em relação ao diesel.
Uso da terra - O contraria as críticas sobre a expansão do uso da terra para a plantação de cana. Mostra, segundo os pesquisadores da Embrapa, que as emissões de CO2 evitadas com o uso de etanol em lugar da gasolina superam em muito os possíveis aumentos dos gases-estufa pela mudança de uso da terra para produção de cana-de-açúcar.
Um hectare de cana produz por ano 4.420 kg de CO2, enquanto as lavouras de soja e milho, que estão sendo substituídas, emitem respectivamente1.160 kg e as pastagens emitem 2.840 kg. Mas em contrapartida, um hectare de cana, substitui 4.500 litros de gasolina, cuja combustão emite 16 toneladas de CO2 por ano para a atmosfera. O resultado é que a cada hectare de cana transformado em álcool e utilizado em substituição à gasolina, produz uma redução de 12 toneladas nas emissões de CO2 por ano.
Também o uso de fertilizantes foi calculado no estudo. Cada quilo de nitrogênio na forma de fertilizante emite em sua síntese 4,50 quilos de CO2 para a atmosfera. O Brasil, no entanto, se comparado a outros países, utiliza menos adubo nitrogenado na cana. Isto é resultado da capacidade da cultura de fixar o nitrogênio do ar através da ação de bactérias que vivem no solo e no interior da planta. As informações são de Ana Lucia Ferreira, da Embrapa Agrobiologia.

ATENÇÃO:
Apesar do apelo ecológico nas campanhas do uso do etanol como combustível veicular, o Governo não incentiva de fato o uso deste combustível, pois é óbvio que um dos maiores produtores de petróleo do mundo não tem esse tipo de interesse. Embora a qualidade do etanol brasileiro seja exemplar, e países como a Suécia o utilizem em todos os seus ônibus, o Brasil não o utiliza como deveria.
E pior, ultimamente andam publicando pesquisas que dizem que carros movidos a etanol (álcool), poluem tanto quanto carros a gasolina. Isso é um absurdo, pois nessas pesquisas são apontados indíces de poluentes totais, considerando inclusive poluentes leves, que são facilmente absorvidos pela atmosfera, quando o que queremos realmente saber são os indíces de CO2 emitidos, gases estes que interferem diretamente na camada de ozônio, aumentando o efeito estufa. Sem contar que tentam induzir as pessoas a pensarem que tanto faz abastecer com gasolina ou álcool, vai poluir mesmo. E ai, como a gasolina é mais econômica, acaba vendendo mais. E poluindo cada vez mais.

Agora avaliem, o etanol emite 73% menos CO2 do que a gasolina, e além disso é uma energia renovável, e se bem elaborada e incentiva, pode ser também totalmente sustentável. A gasolina é produzida a partir do petróleo, que é uma energia não renovável. O domínio pelos poços de petróleo é disputado constantemente entre nações, provocando guerras e mortes constantemente. E mesmo assim, existem pouquíssimos incentivos para pesquisas de energias renováveis, que são muito mais saudáveis para o planeta.

Então pessoal, se tiverem a opção de abastecerem seus carros com etanol, façam isso. E se precisarem ir na padaria da esquina, deixem o carro na garagem, é mais saudável pra vocês e pro planeta. Ah, e não esqueçam das sacolas ecológicas!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Uma Experiência Tri de Legal

Bom, pessoas fui e voltei de Brasilia e foi tudo muito tri de legal hehehe! Conheci sotaques diferenciados fiz muitos mas muitos amigos e particularmente sai desse egocentrismo gaúcho para conhecer como realmente é novas culturas.
Claro não esqueci do principal "ir nas palestras" que particularmente foi muito engrandecedor para o meu trabalho de conclusão e conheci muitos autores que somente os conhecia pelos livros hehe! Foram muitos conferencistas como a professora Dr. Maria Aparecida Ferrari, muito simpática, conheci o autor e professor americano James Grunig da Universidade de Maryland.
Meus olhinhos não davam conta de tantas coisas para olhar e registrar para depois contar.
Mas agora falando de Brasilia, nossa me surpreendi, realmente já estava preparada para me decepcionar, pois realmente na televisão não tem nada de atrativo. Mas Brasilia é uma cidade bonita e como todos sabem planejada, mas eu nunca tinha visto uma cidade planejada pessoalmente. Tive a oportunidade de ir na Torre de Televisão, que proporciona uma visão de 360° da cidade e lá percebi as ruas e identifiquei um pouco do formato do avião. Acredito eu estar no eixo central ou seja no corpo do avião. Mas é tudo bonito e o mais legal é entender um pouco mais da nossa história. Tá legal, que fui no "presídio ao ar livre com formato de avião" como diz meu querido primo. Mas me fez pensar que realmente não somos cidadãos preparados para entender política. E não precisamos gostar mas temos que sim é apurar nosso senso crítico para esse tipo de coisa. Claro que algumas horas deu uma certa irritação como por exemplo quando fui visitar o Congresso Nacional e não tinha "ninguém" trabalhando, ou seja, os funcionários principais, OS NOSSOS funcionários, aqueles que recrutamos de anos em anos. Mas tudo bem foi uma semana antes das eleições, eles estava exaustos e alguns tinham de fazer campanha. Mas sinceramente tudo valeu a pena. E o recadinho é o seguinte, quando pensarem em ir atrás de conhecimento não existe barreiras que faça o impedí-lo, ainda mais depois que inventaram o cartão de crédito. :-)