quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Tostão, ex-jogador de futebol marcando um golaço

Extrai este artigo do blog do Senador Álvaro Dias (blogalvarodias.com), publicado no dia 25 de janeiro de 2010.


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A NOTICIA = O presidente Lula e a Associação dos Campeões Mundiais do Brasil negociam aposentadoria e indenização para os atletas da seleção que ganharam Copas do Mundo. O benefício valerá inicialmente aos ex-jogadores de 1958 e se estenderá, posteriormente, a quem atuou nos Mundiais de 1962, 1970, 1994 e 2002. Reunião na Casa Civil discutiu as cifras a serem pagas aos campeões. Inicialmente, o valor negociado para cada um gira em torno de mil salários mínimos, no caso da indenização (465 mil reais), e de dez salários mínimos (4.650 reais), o teto da Previdência, para a aposentadoria. A expectativa é que o anúncio da nova medida seja feito pelo governo na próxima semana.

O texto abaixo foi escrito por TOSTÃO, ex-jogador de futebol, comentarista esportivo, escritor e médico, e foi publicado em vários jornais do Brasil:

Na semana passada, ao chegar de férias, soube, sem ainda saber detalhes, que o governo federal vai premiar, com um pouco mais de R$ 400 mil, cada um dos campeões do mundo, pelo Brasil, em todas as Copas. Não há razão para isso. Podem tirar meu nome da lista, mesmo sabendo que preciso trabalhar durante anos para ganhar essa quantia. O governo não pode distribuir dinheiro público. Se fosse assim, os campeões de outros esportes teriam o mesmo direito. E os atletas que não foram campeões do mundo, mas que lutaram da mesma forma? Além disso, todos os campeões foram premiados pelos títulos. Após a Copa de 1970, recebemos um bom dinheiro, de acordo com os valores de referência da época. O que precisa ser feito pelo governo, CBF e clubes por onde atuaram esses atletas é ajudar os que passam por grandes dificuldades, além de criar e aprimorar leis de proteção aos jogadores e suas famílias, como pensões e aposentadorias. É necessário ainda preparar os atletas em atividade para o futuro, para terem condições técnicas e emocionais de exercer outras atividades. A vida é curta, e a dos atletas, mais ainda.
Alguns vão lembrar e criticar que recebi, junto com os campeões de 1970, um carro Fusca da prefeitura de São Paulo. Na época, o prefeito era Paulo Maluf. Se tivesse a consciência que tenho hoje, não aceitaria.
Tinha 23 anos, estava eufórico e achava que era uma grande homenagem. Ainda bem que a justiça obrigou o prefeito a devolver aos cofres públicos, com o próprio dinheiro, o valor para a compra dos carros. Não foi o único erro que cometi na vida. Sou apenas um cidadão que tenta ser justo e correto. É minha obrigação.
Tostão.

Preciso comentar alguma coisa?
Se é para aumentar o salário dos aposentados quebra a Previdência. Não tem dinheiro para investir na saúde e na educação diz que não precisa...
Sem contar na discriminação para com os demais atletas, que se sacrificam para treinarem e representarem bem o Brasil em competições internacionais. Eles não contam recursos e incentivos do Governo, não tem patrocinadores e mesmo assim tentam, da melhor forma possível se apresentarem bem.

E não estou dizendo que deveriam ser oferecidos prêmios como se propõem para o futebol, mas sim que todos atletas recebessem por parte do Governo, o respeito que merecem...

Um comentário:

  1. Será que o valor da aposentadoria vai variar de acordo com o número de gols que determinado jogador fez? pobre dos zagueiros...Que ABSURDO!que tipo de comentário se faria perante tal negociação,ótimo artigo Jiro!mas eu tenho uma sugestão para outro se me permite...Imagine aonde vão parar as verdinhas "socadas" no fundo da cueca do Arruda se é que me entende, sabe como é preso novo!!!Há,Há,Há...

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